011-Exortação à paciência e santidade - Aos Hebreus - Lição 11[Pr Afonso Chaves]13mar2018



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Lição 11: 
EXORTAÇÃO À PACIÊNCIA E SANTIDADE 

TEXTO ÁUREO: 
“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). 

LEITURA BÍBLICAHEBREUS 12.1-3 

INTRODUÇÃO 
Os dois últimos capítulos de Hebreus encerram a epístola com exortações e orientações aos crentes sobre como perseverar na fé e na doutrina, com disciplina, amor e santidade. O objetivo desta aula é mostrar que a vida cristã é parecida com uma maratona, além de salientar que o pecado é um mal que deve ser completamente extirpado da vida do cristão; bem como alertar que o embaraço certamente prejudica o desempenho na carreira da fé; e ainda reconhecer que a vida de santificação é a vontade de Deus para todos os cristãos. 

I – JESUS, AUTOR E CONSUMADOR DA FÉ (12.1-3) 
O escritor continua a exortar seus ouvintes a perseverarem na fé até o fim. Para isto, deveriam observar o exemplo de homens e mulheres que alcançaram testemunho de Deus, descritos anteriormente. 
Os leitores não tinham nenhum motivo e justificativa convincente para abandonarem a fé cristã e se embaraçarem com coisas deste mundo. A exortação do autor para os crentes era: “correr com paciência a carreira que nos está proposta”. 
Neste contexto, ele compara a caminhada cristã a uma corrida de longa distância e de grande esforço, isto é, uma maratona (1 Co 9.24-27; Fp 1.29, 30; 1 Tm 6.12). Ele já demonstrara que outros crentes em Cristo combateram este combate, terminaram a sua parte na corrida, guardaram a fé, e, no sistema de revezamento, passaram o bastão aos seus sucessores. 
E agora esses são adequadamente descritos como “uma tão grande nuvem de testemunhas”. Nesta jornada é necessário deixar “todo embaraço e o pecado”; ou seja, os corredores – os atletas cristãos – devem remover de suas vidas todos os obstáculos e excessos de peso que possam atrapalhar ou prejudicar o seu desempenho. O embaraço certamente não é pecado, mas pode tornar-se num impedimento, ou num atraso à nossa vida e carreira espiritual e, aí sim, conduzir-nos ao pecado. 
Um crente embaraçado é facilmente atingido pelo Diabo (2 Tm 2.1-5). O escritor ainda enfatiza que a corrida deve ser realizada com “paciência e perseverança” (Rm 5.3-5). A tendência é que alguns desfaleçam ao longo do caminho ou abandonem a competição, mas a exortação é para que o cristão percorra a tarefa estabelecida, tendo em vista o prêmio da soberana vocação (Fp 3.14). 
O corredor não deve se distrair, nem olhar para a multidão nem para os concorrentes, mas manter os olhos fixos no exemplo perfeito – “Jesus, o autor e consumador da fé”, que nos deu o exemplo suportando a cruz, desprezando a afronta, até assentar-se à direita de Deus, “pelo gozo que lhe estava proposto”. 
O verso 3 destaca o fato de que Jesus não somente suportou as dificuldades, mas também foi rejeitado, exatamente por causa da obra em benefício do homem. Nunca fez mal algum, nunca pecou ou atacou qualquer pessoa, mesmo tendo todo o poder para fazer isso. 
Assim mesmo foi rejeitado, e essa rejeição não o fez pecar ou abandonar sua perseverança em obedecer a Deus. Se os leitores considerassem o exemplo de Cristo, jamais iriam desfalecer e abandonar a caminhada proposta por Cristo. 

II – O AMOR DE DEUS REVELADO NAS PROVAÇÕES (12.4-11) 
Nesta seção, o autor afirma que os leitores ainda não haviam sofrido severas perseguições pela causa de Cristo: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado”. Então, muitos deles pensavam em abandonar a fé em Cristo? 
Os filhos de Deus reconhecem que as provações e dificuldades, em lugar de servirem para indicar o desagrado de Deus, são na realidade uma prova do seu amor. As tribulações e os sofrimentos, portanto, não devem ser considerados abstratamente, como fenômenos isolados, incoerentes; pelo contrário, devem ser entendidos como um processo de aperfeiçoamento da parte de nosso Pai celestial: “porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho”. 
Um bom pai trata seus filhos com afeição e compreensão, mas há ocasiões em que sua natureza generosa dá lugar à correção direta e retribuição penosa. A educação adequada de uma criança inclui disciplina em amor, a qual, apesar de desagradável na ocasião, ajuda a desenvolver o caráter (Pv 13.24). 
A disciplina divina em nossas vidas é a confirmação de que somos filhos de Deus, porque qual filho há a quem o pai não corrija? Nenhum filho legítimo está isento da correção paternal. O resultado da disciplina aplicada por Deus nos faz “participantes da sua santidade”. 
A disciplina terrena é temporária e com frequência é inconsistente, simplesmente porque tem origem em pais humanos, cujo critério é necessariamente imperfeito; porém, a disciplina celestial, que jamais é arbitrária, busca purificar do pecado os que pertencem a Deus e garantirlhes uma participação permanente na vida divina, cuja maior exigência é a santidade. 
A disciplina aplicada 22 por Deus tem um propósito. Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza. A dor, naturalmente, não é agradável, mas serve para nos ensinar. 
O mesmo acontece quando Deus corrige a seus filhos. Depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça. 

III – VIVENDO EM SANTIDADE (12.12-29) 
O autor exorta seus leitores: “Tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados” (v. 12). Esta é uma metáfora que tem como propósito encorajar os crentes que se encontravam abatidos, a despeito dos sofrimentos e perseguições por amor a Cristo, a não desistirem de prosseguir na carreira da fé. 
Eles não só deveriam vencer o desânimo, mas também serem cuidadosos com respeito às suas vidas; por isso, o autor acrescenta: “fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja se não desvie inteiramente; antes, seja sarado". 
Os destinatários ainda são estimulados a viverem em “paz com todos” e a buscarem “a santificação”, pois sem esta ninguém verá o Senhor. A santificação consiste em aproximar-se de Deus com uma consciência purificada, com base no sacrifício de Jesus (1 Ts 4.7, 8). 
A próxima advertência se refere à vigilância, para que nenhuma alma na comunidade viesse a se perder; por isso, é necessária diligência para que ninguém deixe de obter as ricas provisões da graça de Deus: “tendo o cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (2 Co 6.1-4). 
No verso 16, os leitores são alertados a não seguirem o mau exemplo de Esaú, que desprezou a bênção da primogenitura por um prazer que era momentâneo: “E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura. 
Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou”. Esaú, depois de fazer uma escolha má, não pôde mudar as suas consequências, não teve oportunidade para modificá-la, apesar de ter procurado fazer isso com lágrimas. 
O autor tem certamente uma lição prática em vista: seus leitores também, ao desprezarem os privilégios cristãos que lhes foram conferidos, podem perder irrevogavelmente a sua herança, como aconteceu com Esaú. Nos versos 18-24, o propósito do autor é firmar os leitores na sua fé e convencê-los de que não existe outra alternativa para eles além de Cristo. Este objetivo continua em foco ao colocar diante dos leitores um contraste final entre as duas dispensações. 
A primeira, representada pela figura do “monte Sinai”, que era exterior e material em sua natureza, acompanhada de grandes terrores, afastava Deus dos homens e tornava claro que eles não podiam aproximar-se (Ex 19.18,19). 
A segunda, “a Jerusalém celestial”, espiritual e eterna (Ap 3.12; 21.2), leva os homens ao próprio céu, ao reino dos anjos e dos homens “justos aperfeiçoados”, a Deus, o Juiz de todos, e a Cristo, o Mediador de uma nova aliança, cujo sangue abriu o caminho. 
Os privilégios da nova era são, portanto, muito grandes, o que exige o recebimento e apreciação desses privilégios e uma vida de verdadeira santidade. Por que preferir um “prato de lentilhas”, quando receberam um chamado celestial? 

CONCLUSÃO 
Temos uma carreira a percorrer pacientemente, mas esta deve ser livre de embaraços, pois estes, mesmo não sendo o pecado, podem conduzir-nos a ele. Que possamos concluir esta carreira como santos filhos de Deus, e receber do nosso Pai o galardão reservado a cada um de nós, olhando para Jesus, autor e consumador da fé. 

QUESTIONÁRIO 
1. A que o escritor compara a vida cristã? 
2. Se alguém está sem disciplina, a que é comparado? 
3. Por que Jesus é chamado o autor e consumador da fé?

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova



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