006 - O superior sacerdócio de Cristo - Aos Hebreus - Lição 05[Pb Denilson Lemes]06fev2018



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LIÇÃO 6: 
O SUPERIOR SACERDÓCIO DE CRISTO 

TEXTO ÁUREO: 
“Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus” (Hb 7.26). 

LEITURA BÍBLICAHEBREUS 7.1-3, 24-27 

INTRODUÇÃO 
No término da aula anterior, vimos a afirmação de que Jesus foi constituído sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Nesta aula, veremos que Melquisedeque foi um verdadeiro adorador no meio de uma geração idólatra e corrompida. Exerceu o papel de rei e sacerdote, sem fazer parte da linhagem de Israel. Sua ordem sacerdotal, com aspectos peculiares, tornou-se um tipo do sacerdócio de Cristo, que em tudo é superior a todas as ordens sacerdotais. 

I – MELQUISEDEQUE, SACERDOTE DO DEUS ALTÍSSIMO (7.1-10) 
A partir do relato de Gênesis 14.18-20, o autor extrai ensinamentos importantes da vida de Melquisedeque para que seus leitores compreendam a grandeza do ofício sacerdotal de Cristo. O nome Melquisedeque significa literalmente “rei de justiça”, e é apresentado como o rei de Salém, que quer dizer: “rei de paz”. É acrescido ainda que ele era “sacerdote do Deus Altíssimo”. Portanto, o objetivo de seu reino era promover a paz através da justiça divina, além de possuir a função de difundir o conhecimento divino para toda a sua geração. Percebe-se que, ao contrário do ofício de Arão, cuja continuidade era assegurada hereditariamente, diz-se a respeito de Melquisedeque: “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (v. 3). O fato de as Escrituras não registrarem o seu nascimento ou a sua morte em parte alguma é tomado pelo autor como símbolo de um sacerdócio eterno. Nesse aspecto, Melquisedeque foi feito “semelhante ao Filho de Deus” e permanece sacerdote eternamente (Sl 72.7; Is 9.6-7; Jr 23.5, 6; Rm 5.1; Ef 2.14-18). Em seguida, o autor apresenta os argumentos que demonstram a grandeza de Melquisedeque, portanto, a superioridade do sacerdócio de Cristo. Ao encontrar Melquisedeque, Abraão sabia muito bem que estava diante do sacerdote do Deus Altíssimo, por isso o reverencia com os dízimos de tudo (v. 4-6). Os sacerdotes levíticos recebiam o dízimo de seus irmãos judeus como sendo uma prescrição legal, mas Melquisedeque recebeu o dízimo de Abraão não porque uma lei lhe desse o direito para isso, mas por um direito pessoal e que ninguém lhe concedeu, senão Deus. O autor lembra que o menor é abençoado pelo maior; Melquisedeque abençoou o patriarca Abraão, e através deste ato de autoridade é evidenciada a superioridade do sacerdote sobre aquele que tinha as promessas de Deus (vv. 6, 7). É destacado que o sacerdócio de Melquisedeque tem precedência sobre o de Levi, porque a morte não tem poder sobre ele (v. 8), e ainda que, por intermédio de Abraão, todos os filhos de Levi reconhecem a autoridade e posição superior de Melquisedeque (vv. 9-10). 

II – A NATUREZA DO SACERDÓCIO DE CRISTO (7.11-19) 
Nesta seção, o autor argumenta que, se o sacerdócio segundo Arão tivesse completado a função de levar os homens à presença de Deus, então, não seria necessário que se levantasse outro sacerdócio (vv. 11, 12). Assim, a Lei e o sacerdócio levítico estão “envelhecidos” pelo estabelecimento do sacerdócio de Jesus Cristo, que é eterno e que garante aos homens pleno acesso a Deus. É destacado ainda que, segundo a Lei, todos os sacerdotes deveriam pertencer à tribo de Levi, mas o “nosso Senhor Jesus” era da tribo do Judá; isto demonstra que veio alguém que é superior à Lei (Is 11.1-5; Mq 5.2; Ap 5.5). De um lado temos o sacerdócio mortal e perecível, ligado a um mandamento carnal, que não levava em conta a disposição do indivíduo ou o grau de sua vontade de servir, pois ele se tornava sacerdote unicamente por causa da hereditariedade. Pelo outro, a manifestação do novo sacerdócio, que é segundo “a virtude da vida incorruptível” – uma referência à ressurreição de Jesus e seu triunfo sobre a morte. Sabe-se que a Lei não levou nada à perfeição. Ela deu início, ensinou princípios básicos, despertou impulsos, prenunciou e indicou o caminho; mas era impossível que propiciasse uma verdadeira comunhão com Deus, por ser dada a homens fracos (v. 18; Rm 7.12-14). Somente Cristo oferece “uma melhor esperança” pela qual podemos chegar a Deus. O que antes era figura e privilégio 12 apenas de uma classe, hoje, por intermédio de Jesus Cristo, tornou-se privilégio aberto a todos. Agora, os cristãos são sacerdotes e têm acesso individual a Deus (1 Pe 2.5, 9; Ap 1.6; 5.9, 10). 

III – O SACERDÓCIO PERPÉTUO E PERFEITO DE CRISTO (7.20-28) 
Nesta seção, o autor sublinha que nada foi destinado além do sacerdócio de Cristo para nossa salvação, pois não existe nada superior a Ele. A garantia que o cristão tem de um “melhor concerto”, e um que não será anulado, é aquele cujo “fiador” é o próprio Jesus (v. 20-22). É necessário recordar que o sacerdócio araônico era composto de centenas de sacerdotes, que se sucediam constantemente, visto que “pela morte eram impedidos de permanecer”. Eles apenas intercediam pelos homens a Deus, mas não os salvavam. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, não só “vive sempre para interceder” por nós, como nos assegurou uma perfeita salvação por Seu intermédio (Rm 8.33, 34). Em Jesus temos salvação plena (Jo 5.24), sem depender de um suposto purgatório ou de uma hipotética reencarnação. Nos versos 26-28, o autor apresenta algumas qualificações que diferenciam Jesus de qualquer sacerdote da antiga aliança. O sacerdote levítico tinha que ser santo, separado, consagrado, inclusive nas suas vestes (Êx 28.2-4; 29.29). Contudo, eram homens falhos, imperfeitos, sujeitos ao pecado. Jesus, nosso Sumo Sacerdote, é santo no sentido pleno da palavra. Ele era inocente porque nunca pecou e não tinha qualquer culpa. A Lei determinava que o cordeiro para o holocausto devia ser sem mancha, assim, Jesus não tinha qualquer mancha moral ou espiritual – ele era o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo (Ex 12.5, 6; Jo 1.29; 18.37, 38). É ainda salientado que Jesus viveu entre os homens, comeu com eles, inclusive nas casas de pessoas de baixa reputação; porém, não foi pecador. Ele não se deixou influenciar pelo comportamento dos homens maus. Como recompensa do Seu trabalho, foi “feito mais sublime do que os céus”. O autor ainda declara que: “isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (v.27). Os sumos sacerdotes do antigo pacto necessitavam de oferecer sacrifícios, muitas vezes, primeiro por eles próprios e, depois, pelo povo. Mas Jesus, por ser imaculado, sem pecado, não precisou fazer isso por Si mesmo. Tão somente ofereceu-Se num sacrifício perfeito, uma só vez, por nós pecadores. O autor salienta que “a lei constitui sumos sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre”. O Filho de Deus é este Sumo Sacerdote, Sua perfeição foi coroada e selada pela Sua exaltação ao céu. Ele é o único sumo sacerdote capaz de qualificar outros a fim de que estes também possam apresentar-se diretamente diante de Deus. 

CONCLUSÃO 
Nesta lição verificamos que, em todos os aspectos, o sacerdócio de Cristo segundo a ordem de Melquisedeque é superior ao sacerdócio da antiga aliança. Com isto, devemos ser gratos a Deus por fazermos parte de Sua linhagem espiritual. 

QUESTIONÁRIO 
1. Quem foi Melquisedeque? 
2. Cite alguns atributos que diferenciam Jesus dos sacerdotes da antiga aliança? 
3. Por que Jesus é sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque?

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.


APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova



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