011-A crucificação do Salvador Jesus - A vida e obra de Jesus Cristo [Pr Afonso Chaves]05dez2017
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LIÇÃO 11:
A CRUCIFICAÇÃO DO SALVADOR JESUS
A CRUCIFICAÇÃO DO SALVADOR JESUS
TEXTO ÁUREO: “E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isso, expirou” (Lc 23.46)
LEITURA BÍBLICA: LUCAS 23.26-48
INTRODUÇÃO
Na lição anterior estudamos sobre a agonia de Jesus no Getsêmani e o Seu injusto julgamento. Nesta lição, vamos examinar as Escrituras Sagradas para conhecermos os registros sobre a crucificação de Cristo. A crucificação era a pena capital aplicada pelo Império Romano somente para os criminosos mais cruéis e perigosos; e na Lei era “maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”. No entanto, o inocente Cordeiro de Deus foi submetido a esta horrenda pena. A morte de Cristo na cruz é a Sua obra magna, por isso merece toda nossa atenção se quisermos ser discípulos fiéis ao Salvador.
I – JESUS A CAMINHO DO GÓLGOTA (LC 23.26-32)
Saindo Jesus, levando a cruz para o calvário, três dos evangelistas narram que constrangeram um certo Simão, cireneu, a carregar a cruz. O translado de Jesus até o lugar da execução foi acompanhado de uma multidão e havia um número de mulheres que lamentavam dramaticamente a condenação d’Ele. Jesus as aconselhou a não se lamentarem por Ele, mas sim por elas mesmas e por seus descendentes, prenunciando Ele os dias difíceis que viriam e em que elas iriam dizer: “Bem aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram!”. A rejeição ao Messias por grande parte dos judeus acarretaria o severo juízo de Deus sobre esse povo rebelde e incrédulo (Mt 23.37-39; Lc 21.20-24).
II – A CRUCIFICAÇÃO DO SALVADOR (LC 23.33-48)
Ao chegarem ao Monte Caveira (Calvário ou Golgota), vários procedimentos se executam segundo o que já nas Escrituras se previa para testemunho e são eles: deram-Lhe fel para beber; repartiram Suas vestes e lançaram sorte sobre Sua túnica; rodearam-nO de provocações e zombarias; deram-Lhe vinagre na Sua sede; levantaram-nO crucificado, tendo um malfeitor à Sua direita e outro à Sua esquerda; traspassaram-nO com cravos e uma lança; mas não lhe quebraram osso algum (Jo 19.17-24, 28-30; Sl 22.1, 7-8, 11-13 e 16-18; Mt 27.33-48; Sl 69.21). Também são testemunhos os sinais da natureza e a declaração favorável por Jesus como: “E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor e disseram: Verdadeiramente, este era o Filho de Deus” (Mt 27.50-51, 54; Lc 23.44, 45). Com o corpo dilacerado pelos açoites, pela coroa de espinhos e pelos cravos em Suas mãos e pés, o piedoso Salvador roga ao Pai o perdão para os Seus cruéis algozes; não revidou com injúrias ou maldições. Comumente, os condenados à crucificação injuriavam e amaldiçoavam seus algozes até o último fôlego de seus pulmões, tal era o sofrimento provocado pela cruz. No entanto, nosso Salvador portou-se como uma ovelha muda levada ao matadouro (Hb 5.5-10; 1 Pe 1.18, 19; 2.21b-25).
Afinal, qual a razão de todo esse indescritível sofrimento? Por que foi necessário Jesus morrer numa cruz para conquistar a nossa redenção? Segue-se a resposta: Jesus, pendurado no maldito madeiro, levou sobre Si os nossos pecados a fim de nos conceder a Sua justiça mediante a fé (Rm 3.21-26; 2 Co 5.21); Jesus, pendurado no maldito madeiro, se fez maldito por nós, para sermos resgatados da maldição da Lei (Gl 3.13-14); Jesus, pendurado no maldito madeiro, morreu a nossa morte para podermos viver a Sua vida (Rm 6.5-11); Jesus, pendurado no maldito madeiro, experimentou a separação do Pai, para sermos eternamente reconciliados com Ele (Rm 5.1-2; 2 Co 5.14-19). Jesus recebeu na cruz do Calvário o salário dos nossos pecados para nos conceder gratuitamente o dom da vida eterna (Rm 6.23).
Simultaneamente, na cruz de Cristo temos a revelação da severidade e da bondade de Deus. A severidade de Deus é demonstrada pelo alto preço pago por Cristo a fim de nos redimir de todos os nossos pecados. Nosso pecado foi severamente tratado sobre o corpo de Cristo em função da gravidade com que se apresenta ante os santos olhos de Deus. Pois não bastava o Senhor perdoar nosso pecado e ao mesmo tempo deixa-lo impune. Para Deus nos perdoar e permanecer justo, Ele então castigou o nosso pecado no corpo de Cristo na cruz do Calvário. Agora, a bondade de Deus é demonstrada na cruz de Cristo porque aprouve a Ele nos amar de tal maneira que se dispôs a enviar seu Unigênito a fim de nos salvar dos nossos pecados (Jo 3.13-18; 1 Jo 4.7-10). Ele nos amou assim porque a Sua natureza é essencialmente amor, não por haver em nós qualquer mérito capaz de evocar o Seu grande amor.
III – A SEPULTURA DE JESUS (LC 23.49-56)
Os corpos dos criminosos crucificados geralmente eram deixados pendurados e, depois, lançados em uma sepultura comum; entretanto, no caso, sendo véspera do sábado e grande o dia da Páscoa, os judeus foram e pediram a Pilatos que se abreviasse a morte dos condenados. Assim foram quebradas as pernas dos dois ao lado de Jesus, mas Este já estava morto e, para confirmar isto, traspassaram-nO com uma lança (Jo 19.31-37). José de Arimatéia e Nicodemos encarregaram-se de assegurar um sepultamento digno para o Salvador. Visto que José era um homem rico e influente, ele foi até Pilatos solicitar o corpo de Jesus para ser sepultado em seu sepulcro escavado na penha, onde ninguém ainda havia sido sepultado. Nicodemos utilizou quase cem libras de um composto de mirra e aloés para preparar o corpo do Salvador para o Seu sepultamento, conforme o costume dos judeus (Jo 19.38-42). Todos esses cuidados destes discípulos demonstravam o amor que eles tinham pelo Salvador. Por outro lado, os principais do povo, em sua obstinação, puseram guardas à entrada do sepulcro e selaram a pedra (Mt 27.62-66).
CONCLUSÃO
Compreender a crucificação de Cristo nos oferece o entendimento claro da Sua identidade como “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”, bem como o entendimento de toda herança de vida concedida por Ele aos Seus escolhidos. A plenitude da vida cristã será vivenciada somente por quem compreender o glorioso mistério da cruz de Cristo. Desconhecer a obra magna de Cristo é o caminho garantido para uma vida cristã leviana e fracassada.
QUESTIONÁRIO
1. Por que Jesus disse às mulheres que o lamentavam para que não chorassem por Ele?
2. Qual a razão para a dolorosa morte de Cristo na cruz do Calvário?
3. O que motivou José de Arimatéia a providenciar um sepultamento digno para o Salvador?
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
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APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
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