007-Jesus confronta a hipocrisia religiosa - A vida e obra de Jesus Cristo - Lição 07[Pr Afonso Chaves]07nov2017
MP3 PARA DOWNLOADS
LIÇÃO 7:
JESUS CONFRONTA A HIPOCRISIA RELIGIOSA
TEXTO ÁUREO: “Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mt 23.13)
LEITURA BÍBLICA: MATEUS 23.1-13
INTRODUÇÃO
Na aula anterior aprendemos sobre os ensinamentos de Jesus e os Seus principais temas. Nesta lição, vamos estudar o embate entre Jesus e os fariseus. De um lado, Jesus, defendendo uma comunhão legítima com Deus e uma espiritualidade profunda; do outro, os fariseus, defendendo suas tradições e uma religiosidade morta. Os fariseus frequentemente se opunham com muita veemência ao ministério de Cristo e aos Seus ensinamentos. No entanto, o Mestre nunca deixou de confrontá-los com a verdade e, com isso, revelou muitos princípios importantíssimos para o nosso relacionamento com Deus.
I – CONFRONTANDO OS MESTRES DA LEI E LEGISLADORES DA TRADIÇÃO (MT 23.1-4)
A “cadeira de Moisés” representava a autoridade confiada aos escribas e fariseus pela interpretação e ensino da Lei. Alguns destes escribas e fariseus também ocupavam posição de autoridade no Sinédrio, uma espécie de tribunal civil e religioso onde as causas dos judeus eram julgadas. A influência destas autoridades religiosas sobre os judeus naquela época era extremamente forte e, por isso, o confronto entre eles e Jesus foi inevitável. Jesus confrontou diretamente as interpretações distorcidas da Lei, bem como as novas regras por eles acrescentadas ao código mosaico. O ministério de ensino dos fariseus pode ser bem definido pelo ditado popular: “Faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”. Eles cultivavam uma mentalidade do tipo “dois pesos e duas medidas”, visto que impunham maior rigor sobre seus discípulos no tocante ao cumprimento da Lei, do que sobre eles mesmos. Os fariseus e escribas manejavam a Lei conforme lhes era conveniente e não com temor de Deus (Mt 16.6-12; 15.1-3, 7-11, 17-20). A hipocrisia religiosa expressa amplamente por estes líderes acabava servindo de pedra de tropeço para o povo comum, pois estes não observavam naqueles a prática fiel dos seus ensinamentos. A hipocrisia e a opressão promovidas pela liderança religiosa sobrecarregavam até as almas mais sinceras com cargas morais insuportáveis e impraticáveis. É interessante observarmos que, ao longo da história de Israel, após o êxodo do Egito, a idolatria sempre foi o problema mais grave e recorrente que assolava a relação do povo com o seu Deus. No entanto, nos dias de Jesus, notamos a ausência do culto à imagem de escultura, visto que o Mestre não fez qualquer exortação acerca deste assunto. Em contrapartida, naquela época, a hipocrisia religiosa e a avareza representavam grande empecilho no relacionamento entre o Senhor e o Seu povo. Ao que parece, a vergonha moral dos antepassados do povo de Deus foi substituída por um orgulho derivado de uma religiosidade de boa aparência externa destituída de genuína virtude interior (Lc 16.13-18; Jo 9.26-34; Mt 3.9; Jo 8.31-37).
A hipocrisia religiosa farisaica pode ser facilmente desenvolvida, em nossos dias, por falsos convertidos cujos corações não foram verdadeiramente regenerados pela fé em Cristo segundo o poder do Espírito Santo. Somente a revelação do Evangelho da Graça pode nos guardar da hipocrisia religiosa e nos assegurar uma espiritualidade autêntica (At 15.10, 11; 18.27-28; Gl 2.16; 3.1-14, 26-29;Cl 2.6-23).
II – CONFRONTANDO O AMOR AO LOUVOR DOS HOMENS (MT 23.5-12)
Um dos aspectos principais da hipocrisia religiosa dos escribas e fariseus combatidos por Jesus Cristo era o amor que eles tinham pelo louvor dos homens. Toda “performance” religiosa dos escribas e fariseus visava impressionar as pessoas à volta deles e obter reconhecimento. O orgulho religioso era constantemente nutrido pelos elogios, pela honra dos primeiros lugares nas ceias e nas sinagogas, e pelos títulos de Rabi e Pai. Os escribas e fariseus se consideravam como pertencentes a uma classe de pessoas notáveis e superiores, por isso, exigiam que seus compatriotas os tratassem com a máxima reverência (Mt 6.1-7, 16-18; Jo 5.37-47; 12.42, 43). Sendo assim, nosso verdadeiro Mestre e Pai da Eternidade confronta o mau uso dos títulos e posições de liderança a fim estabelecer uma fraternidade genuína marcada pelo humilde desejo de servir ao próximo. O amor à proeminência sempre resultará em alguma forma de manipulação e opressão, enquanto o genuíno amor ao próximo resultará em serviço humilde. Nosso Mestre é o modelo perfeito de liderança baseada no amor e focada no serviço ao próximo (Jo 13.12-17; Lc 22.24-27).
Portanto, temos aqui princípios importantíssimos para a liderança eclesiástica seguir os padrões do Reino e não do mundo. Todos quantos são constituídos por Cristo líderes do Seu precioso rebanho devem ter em mente que a meta do ministério é servir em prol do bem-estar e crescimento das ovelhas do Bom Pastor (Ef 4.11-16). Em hipótese alguma, o chamado ministerial pode ser considerado um meio de promover a glória pessoal (Hb 5.1-4).
III – CONFRONTANDO ENSINAMENTOS E PRÁTICAS PERVERTIDAS (MT 23.13-36)
A mentalidade religiosa vigente naquela época demandava um severo confronto por parte de Cristo em virtude de todos os transtornos que ela causava com pretexto de piedade. As deturpações doutrinárias promovidas pelos líderes religiosos judeus eram extremamente graves e nocivas ao ponto de se constituírem muros de separação entre os israelitas e o Senhor, ao invés de servirem como ponte para ligar ambos. O conhecimento e a posição influente acabaram servindo como meios para: manipular e explorar as viúvas ingênuas; promover juramentos destituídos de real significado; difundir a prática de dizimar divorciada da piedade; zelar por aparência de piedade e negligenciar a pureza interior; perpetuar a desonra aos verdadeiros profetas de Deus como fizeram os seus antepassados (Jo 9.13-17; 5.16-18; 10.25-31). Este quadro religioso caótico era responsável por privar os judeus de um verdadeiro relacionamento com Deus, bem como endurecer os seus corações para a verdade. O povo judeu continuamente apresentou-se, em relação ao chamado de Deus, como um povo rebelde e contradizente, contudo, esta postura nunca anulou o grande amor de Deus por seu povo (Mt 5.20-48). Precisamos considerar com muito cuidado todo confronto promovido por Cristo aos falsos ensinamentos dos fariseus e escribas para sermos guardados de repetir os mesmos erros em nossa geração. Não podemos nos esquecer também o mais severo juízo está reservado para aqueles cujas vidas foram agraciadas com responsabilidades ministeriais, logo, a dedicação destes deve ter em vista a total fidelidade Àquele que os chamou para esta grande obra (Tg 3.1-2).
CONCLUSÃO
Jesus confrontou os equívocos teológicos dos seus contemporâneos por zelar amorosamente pela verdade. Atualmente, o movimento ecumênico rotula tal confronto como uma prática preconceituosa e intolerante. Satanás astutamente está difundindo a falácia do ecumenismo na tentativa de bloquear a evangelização bíblica. Nós, porém, somos convictos acerca do poder da verdade bíblica para promover a verdadeira reconciliação entre Deus e a humanidade caída, portanto, não cessaremos de falar a verdade com amor na esperança de que muitos sejam libertos dos enganos das falsas religiões e, assim, alcancem a salvação em Cristo Jesus.
QUESTIONÁRIO
1. Qual era a responsabilidade dos escribas e fariseus?
2. Por que Jesus tratou os escribas e fariseus como religiosos hipócritas?
3. Por que os escribas e fariseus amavam receber o louvor dos homens?
4. Quais foram os principais ensinamentos dos escribas e fariseus reprovados por Jesus?
4. Quais foram os principais ensinamentos dos escribas e fariseus reprovados por Jesus?
PARA USO DO PROFESSOR
AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.
APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira
Baixe o aplicativo Rádiosnet e ouça nossa rádio no celular onde você estiver
https://www.radios.com.br/aovivo/radio-net-grata-nova/16059
https://www.radios.com.br/
INSCREVA-SE EM NOSSO CANAL E DIVULGUE-O PARA OS SEUS AMIGOS E IRMÃOS
Comentários
Postar um comentário