001-O livro das revelações - Apocalipse Lição 1ª [Pastor Afonso Chaves]29dez2015
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LIÇÃO 1:
APOCALIPSE – O LIVRO DAS REVELAÇÕES
TEXTO ÁUREO: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.” (Ap 1-3)
Leitura Bíblica: Apocalipse 1.9-20
Introdução (1.1-3)
Apocalipse significa “revelação”, e por isso o livro também se chama “revelação de Jesus Cristo” (Ap 1.1). Foi escrito por João, apóstolo e testemunha de Cristo (Ap 1.2; 1Jo 1.1-2), enviado às sete igrejas da província romana da Ásia (Ap 1.4, 11) – aqui tomadas em representação de todas as igrejas, ou ainda da Igreja em todos os tempos (Ap 22.16).
O objetivo do livro é mostrar aos cristãos tudo o que diz respeito aos desígnios de Deus (Ap 1.1; 22.6), conclamando-os à fidelidade e perseverança, até a volta do Senhor Jesus (Ap 22.10-12). Por isso, sua mensagem é sempre atual para o povo de Deus (Ap 1-3).
Apocalipse difere dos outros livros do Novo Testamento por ser um livro de profecias, mostradas através de visões simbólicas; mas a familiaridade com certos livros do Antigo Testamento, especialmente Ezequiel e Daniel, ajudará no entendimento da mensagem desses símbolos. Além disso, o livro caracteriza-se pela abundante citação de números, em particular o 7(sete), que simboliza plenitude total ou plena realização.
I – Prefácio do Livro (1.4-8)
À semelhança de uma epístola, o livro contém uma saudação, não apena da parte de João, mas também do verdadeiro autor da revelação nele contida: Deus (“aquele que é, e que era, e que há de vir”). A menção aos sete Espíritos refere-se à plenitude total do Espírito de Deus (Ap 4.5).
O Senhor Jesus aqui é especialmente caracterizado em diversos aspectos da Sua obra: Sua morte pelos nossos pecados (“em seu sangue nos lavou dos nossos pecados”, cf. 1 Co 15.3; Cl 1.14; 1 Pe 2.24), Seu amor por nós (“aquele que nos ama”, Cf 1 Jo 4.10), Sua ressurreição (“ o primogênito dos mortos”, Cf. Cl 1.18; 1Co 15.20-23), Sua vinda (“eis que vem com as nuvens”, Cf. Mt 24.30,31) e Seu poder e autoridade supremos (“Eu sou o Alfa e o Ômega”, Cf. Mt 28.18.
II – O arrebatamento de João (1.9-16)
Passando à narrativa do seu arrebatamento e das visões que teve, João primeiramente se identifica com os seus irmãos – não apenas como participante das suas aflições e paciência, mas também do reino de Deus (Ap 1.8), pois nele os fiéis já foram introduzidos por Cristo (Ap 1.6; Cl 1.12,13; Hb 12.28).
A seguir, o apóstolo descreve o local e a ocasião das visões: ele se encontrava numa ilha no Mar Egeu chamada Patmos (Ap 1.9) – não em exílio, mas “por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo”. O dia do Senhor a que se refere certamente é o Sábado, pois João era de origem judaica (Ap 1.10; Mt 12.8). Aí João foi arrebatado em espírito, de modo que tudo o que viu foi fora de seu corpo – e por isso veremos o cenário freqüentemente mudar da terra para o céu e daí para a terra (Ap1.10; 4.1;etc.).
A visão inicial de João é uma apresentação do Senhor Jesus glorificado. Dentre as diversas coisas ressaltadas pelo apóstolo nesta visão, através de comparações em linguagem humana (note as expressões “semelhante”, “como”), é importante observar que, sendo o Todo-poderoso (Ap1.11), Cristo ainda é semelhante ao Filho do Homem (Ap 1.13; Cl 2.9; 1 Tm 2.5). Ele se apresenta como estando no meio dos sete castiçais – que são as sete igrejas – ou seja, o Senhor Jesus conhece as Suas igrejas e está presente nelas (Ap 1.12, 13; Mt 28.20; Ef 1.22,23).
III – O Senhor Jesus fala a João (1.17-20)
Cristo se identifica a João através daquilo que padeceu enquanto esteve entre nós (“o que foi morto”) e da Sua vitória sobre a morte na ressurreição (“eis aqui estou vivo para todo o sempre”, Cf. Jo 10.17,18; Rm 6.9); e, além disto, como aquele que tem poder sobre a morte e o inferno – a sepultura (Jo 10.27,28; 17.1,2; 1Co 15.20-22).
O verso 19 é importante para entendermos que Apocalipse não trata apenas de coisas futuras, pois a João foram mostradas coisas passadas (”as que tens visto”), presentes (“as que são”) e, finalmente, futuras (“as que depois destas hão de acontecer”); e muito do que era futuro para João já aconteceu nesses quase dois mil anos transcorridos, tornando-se passado ou presente para nós.
Esta seção termina com o verso 20, onde Cristo explica o mistério dos sete castiçais e das sete estrelas: o Senhor conhece os que são Seus (2 Tm 2.19), e sobre estes – as Suas igrejas – Ele constitui líderes ou pastores para orientar e guiar o Seu povo segundo a Sua vontade e Palavra (Ef 4.10, 11; At 20.28)
Conclusão
Apesar de o modo simbólico e visionário de Apocalipse criar uma ambiguidade para muitos, este livro de fato mostra uma descrição da realidade nunca vista antes. É um livro que revela claramente o senhorio e a soberania de Jesus Cristo, e mediante esse fato contém tanto avisos de julgamento para os rebeldes como promessas de bênçãos para os fiéis.
Apesar de o modo simbólico e visionário de Apocalipse criar uma ambiguidade para muitos, este livro de fato mostra uma descrição da realidade nunca vista antes. É um livro que revela claramente o senhorio e a soberania de Jesus Cristo, e mediante esse fato contém tanto avisos de julgamento para os rebeldes como promessas de bênçãos para os fiéis.
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