001- A Chamada de Abraão - Os Patriarcas Lição 01 [Pr Afonso Chaves] 27set2016

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Lição 1: 
A Chamada de Abraão

Texto Áureo: "Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei" (Gn 12.1).

Leitura Bíblica: Gn 11.26-32

Introdução
A narrativa bíblica sobre a vida e obra de Abraão é riquíssima em princípios para uma vida espiritual de estreita comunhão com Deus. Os cristãos, em sua maioria, estão vivendo uma espiritualidade superficial em vir-tude da falta de um conhecimento pessoal de Deus. Quem almeja conhecer a Deus com propriedade e profundi-dade pode encontrar na história dos patriarcas os elementos necessários para este nobre propósito. É exatamente isto que vamos buscar ao longo deste trimestre.

I – O chamado inesperado (12.1-10)
Abrão, nascido em uma família idólatra, teve o maravilhoso privilégio de ouvir a voz do Criador e ser cha-mado para andar com Ele e cumprir uma grandiosa missão (Js 24.2). Este chamado, conforme a eterna graça do Senhor, foi acompanhado de grandes promessas que serviram para motivar a obediência de Abrão. A fé de Abrão neste chamado foi tão consistente que em nenhum momento ele se mostrou inseguro ou relutante em obedecer; antes, foi zeloso em envolver seus familiares e propriedades materiais no atendimento do chamado divino.

Após andar aproximadamente 640 quilômetros de Harã até Siquem, Abrão foi novamente surpreendido por mais uma manifestação do Senhor. Agora, o patriarca recebe a confirmação de qual seria a terra prometida, e pôde contemplar com os próprios olhos aquilo que havia contemplado antes por meio da fé (Hb 11.1). Em respos-ta à manifestação do Senhor, Abrão Lhe edificou um altar. Em função da fome que assolava a terra, o patriarca Abrão, juntamente com toda sua família, servos e gado, desceram até o Egito em busca de alimentos.

II – O regresso do Egito e a separação de Abrão e Ló (12.11-20; 13.1-18)
A fé que conduziu Abrão obedientemente até Canaã ainda não era madura o suficiente para enfrentar os desafios de uma grande fome, ou os costumes da cultura egípcia. A fome, e não a voz de Deus, estabeleceu uma nova orientação para Abrão e a sua família; os costumes e a cultura egípcia determinaram a conduta do patriarca diante de um iminente perigo. Podemos comparar a fé de Abrão nesse estágio inicial com a fé dos novos conver-tidos a Cristo que, no início da nova vida cristã, cometem muitos erros por não saberem discernir com precisão a vontade de Deus em algumas circunstâncias de suas vidas.

O Senhor feriu a Faraó e sua casa com grandes pragas por causa de Sarai, o que ocasionou a indignação do monarca egípcio contra Abrão. Então, Abrão foi expulso do Egito. Subiu, pois, Abrão do Egito para a banda do Sul, ele, e sua mulher, e todas as suas possessões, e com ele Ló, o seu sobrinho. Em função da grandiosidade do rebanho de ambos, a terra não era capaz de suprir as necessidades alimentares do gado. Com isso, houve conten-da acerca do manejo do gado entre os pastores de Abrão e de Ló. Abrão, como era justo, propôs a Ló uma divisão da terra com o objetivo de apaziguar a situação e, desta forma, eliminar a contenda entre os pastores. Como uma demonstração da sua humildade, Abrão concedeu ao seu sobrinho a primazia de escolher a terra que desejasse. Após a escolha de Ló, Abrão ouviu a voz do Senhor, que o orientou acerca da terra prometida a ele e toda sua des-cendência (Rm 1.17; 2 Co 5.7).

III – Conflito entre reis e a bênção de Melquisedeque (14.1-24)
O conforto de Ló em Sodoma logo foi perturbado pela invasão de quatro reis liderados por Quedorlao-mer, os quais dominaram o vale do Jordão. Passados treze anos de servidão a Quedorlaomer, os habitantes das planícies se rebelaram, gerando mais conflitos com o invasor. A coalizão militar dos invasores prevaleceu contra Sodoma e Gomorra, os derrotados foram saqueados e Ló foi levado cativo como prisioneiro de guerra. A notícia do que houve com Ló chegou até Abrão, o qual providenciou imediatamente um pequeno exército, a fim de resga-tar o seu sobrinho. É impressionante a dimensão do favor divino sobre a vida de Abrão, pois o que duas grandes cidades não puderam fazer contra os exércitos invasores, o patriarca conseguiu apenas com trezentos e dezoito homens valentes. Abrão conseguiu resgatar Ló, bem como toda a fazenda que fora saqueada de Sodoma e Go-morra.

Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, reconheceu o favor do Senhor sobre Abrão, e o abençoou grandemente. Entretanto, o rei de Sodoma exigiu a devolução dos cativos, sem nem ao menos agrade-cer a Abrão por seu grande feito. Uma vez mais, Abrão demonstra sua justiça em devolver os bens daquele rei, pois ele queria que todos entendessem que sua prosperidade vinha só de Deus.

Conclusão
Observamos na maravilhosa jornada de Abrão como a fé em Deus conduz o crente em obras de justiça que manifestam o caráter daquele que é o Autor da fé. A fé é um dom divino que nos é concedido com a finalidade de realizarmos os propósitos soberanos do Senhor na terra, e não simplesmente para satisfazermos as nossas vontades.

PARA USO DO PROFESSOR


AUTORIA
Comissão da Escola Bíblica Dominical das Assembleias de Deus Ministério Guaratinguetá-SP.

APOIO
Rede Grata Nova de Evangelização
Rádio Net Grata Nova
Fundada em 29 março de 2009 por Moisés Moreira



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